O Richárdão me perguntou e achei conveniente responder em aberto. A pergunta foi sobre o Tata Nano, que ganhou destaque na imprensa ao ser anunciado como o carro mais barato do mundo. O carro deve custar algo em torno de US$2.500,00, preço conquistado com corte de todos os itens de conforto, e porque não dizer alguns de segurança, e um motor que não passa de 30CV.
A verdade é que o engenheiro que um dia estava trabalhando na Tata e pensou – “porque não desenvolvemos o carro mais barato do mundo para torná-lo mais acessível?” –, não tinha a mínima idéia do que estava fazendo.
Para vocês entenderem o cenário: Já citei em uma postagem anterior que moto aqui na Índia é o carro da família. As pessoas andam em três adultos nas motos e diariamente vejo famílias, do tipo pai, mãe e duas crianças, em cima da mesma moto para se deslocarem pela cidade.
A pergunta que devemos fazer é: por que essas pessoas não têm carro? Com certeza não é por que acham menos seguro ou menos confortável. Eles não têm porque não podem ter! Não conseguem pagar por um.
Agora o que acontece quando se coloca no mercado um carro com preço competitivo ao de uma moto? As pessoas comprarão carros! Se o trânsito aqui já é caótico cheio de motos, imagina se todos usassem carros?
Como disse antes, as pessoas aqui não se respeitam no trânsito, muito menos os motociclistas. Muito provavelmente eles continuaram guiando os seus novos carros da mesma maneira que guiam suas motos e a Índia parará (coisa que já acontece nas grandes cidades).
Não estou dizendo que acho que as famílias têm que carregar suas crianças em suas motos mesmo – para falar a verdade é algo muito chocante ver bebês sendo prensados entre o pai e a mãe –, mas sim que a Índia ainda tem que investir muito em infra-estrutura, educação e fiscalização para poder colocar um carro com esse preço nas ruas.
A verdade é que o engenheiro que um dia estava trabalhando na Tata e pensou – “porque não desenvolvemos o carro mais barato do mundo para torná-lo mais acessível?” –, não tinha a mínima idéia do que estava fazendo.
Para vocês entenderem o cenário: Já citei em uma postagem anterior que moto aqui na Índia é o carro da família. As pessoas andam em três adultos nas motos e diariamente vejo famílias, do tipo pai, mãe e duas crianças, em cima da mesma moto para se deslocarem pela cidade.
A pergunta que devemos fazer é: por que essas pessoas não têm carro? Com certeza não é por que acham menos seguro ou menos confortável. Eles não têm porque não podem ter! Não conseguem pagar por um.
Agora o que acontece quando se coloca no mercado um carro com preço competitivo ao de uma moto? As pessoas comprarão carros! Se o trânsito aqui já é caótico cheio de motos, imagina se todos usassem carros?
Como disse antes, as pessoas aqui não se respeitam no trânsito, muito menos os motociclistas. Muito provavelmente eles continuaram guiando os seus novos carros da mesma maneira que guiam suas motos e a Índia parará (coisa que já acontece nas grandes cidades).
Não estou dizendo que acho que as famílias têm que carregar suas crianças em suas motos mesmo – para falar a verdade é algo muito chocante ver bebês sendo prensados entre o pai e a mãe –, mas sim que a Índia ainda tem que investir muito em infra-estrutura, educação e fiscalização para poder colocar um carro com esse preço nas ruas.
2 comentários:
Fala Fandangos!!! Muito esclarecedor esse seu comentário! Esse carro é perfeito para mercados emergentes como Brasil e Índia, pois a renda da população é baixa. Fico imaginando se a "moda" do Tatanano pegar por aí, seguramente pegará por aqui no Brasil tb (mesmo sem termos essa cultura da moto como vc descreveu)... Imagina o trânsito caótico de São Paulo com: motoboy, taxista, ônibus, e TATANANO!!! PQP!!!
Apenas uma correção ao seu comentário. A idéia deve ter partido de algum administrador e não de um engenheiro hehehehe... É nitidamente uma percepção de necessidade do mercado, provavelmente através de pesquisa de marketing, e não um desenvolvimento tecnológico... (tenho que puxar a sardinha para o meu lado, né!) abração!
Ouvi dizer que o carro não vai poder circular no Brasil por falta de itens de segurança. Pra vc ter uma idéia o carro não tem regulagem para o encosto do banco dianteiro.
Com os impostos em cima de importação e do carro esse carro nem vai ser tão barato no Brasil.
Vamos ver o que acontece.
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