sexta-feira, 25 de abril de 2008

Coisas que aprendi na Índia - III

Brahma é um deus híndi, o deus da criação. Dizem que quando uma pessoa é muito bonita é porque Brahma estava olhando por ela. Ou seja, Brahma faz as pessoas ficarem mais bonitas, assim como nossa cerveja.

Férias!

Sim, andei meio sumido. Mas foi por uma boa razão: depois de exatos dois meses de Índia tive minhas merecidas férias. Uma semaninha de descanso do trabalho, da Índia e, principalmente, da falta de cerveja.
Não quis voltar para o Brasil nessa minha primeira pausa. Ao invés disso, fui encontrar minha preta em Paris. Ficamos lá por cinco dias, o suficiente para conhecer quase todos os pontos turísticos.
Fomos a museus, igrejas e outros pontos turísticos. Dessa vez, ao contrario da minha viagem de vinda pra Índia, entrei e conheci os lugares. Subi na Torre Eiffel e no Arco do Triunfo, dos dois se tem uma vista linda da cidade, a qual se vê praticamente toda a cidade.
Conhecemos o famoso Museu do Louvre, mas não tivemos o “pique” de ver tudo. Ficamos na área das pinturas italianas e espanholas, local onde está “a sensação” do museu: o quadro de Mona Lisa. Também exploramos as esculturas e objetos da Grécia e Egito Antigos.
Fomos a várias igrejas: Notre Dame, Sacré Coeur, Saint Suplice, Saint German des Pres, dentre outras. Passamos em frente de quase todos os palácios em Paris, além do Pantheon, Museu das Armas e Jardin du Luxembourg.
Como os franceses não apreciam muito a idéia de falar inglês, pude gastar meu pouco francês por lá. Comunicava-me igual a um índio, mas conseguia entender as pessoas.
Quarta-feira foi o dia de ir para Alemanha. Pegamos o trem para Freiburg, onde iríamos encontrar a Janaisa. Chegamos e nos locomovemos para Badicró (nome dado pelo Duda, porque em alemão é muito difícil falar), uma vila bem perto, onde o casal está vivendo.
Por lá também passamos, fomos a uma montanha e um lago. O legal foi que, apesar de ser primavera, ainda tinha neve nos dois lugares, e sabe como é: brasileiro quando vê neve fica todo animadinho, ao menos nos primeiros minutos enquanto ainda não sentiu o frio.
Passamos bons momentos lá, principalmente a noite, quando íamos para o bar e pedíamos a pequena caneca de meio litro de cerveja alemã. A vida social, inexistente para mim aqui, me fez bem. Foi, realmente, um momento de renovação.
Sábado foi o dia das despedidas. Nos despedimos da Janaisa e do Duda em Freiburg e voltamos para Paris de onde partia nosso vôo. Em Paris ficamos juntos no aeroporto até a hora da do embarque da Bá para o vôo de volta ao Brasil. Nos despedimos por lá, já com saudades.
Ainda passei mais uma noite em um hotel do aeroporto, já que meu vôo só saía na manhã seguinte. Fiz aquela péssima conexão em Mumbai, onde passei a madrugada esperando para ir à Baroda, e na segunda-feira de manhã cheguei aqui, praticamente direto para o trabalho, voltando a minha realidade, não ruim, mas certamente pior do que férias pela Europa.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Jantar Indiano

Estava eu aqui, no meu quarto do hotel, fazendo nada, quando o telefone toca. Era o Ashok, um dos indianos que trabalha comigo, ele estava aqui no hotel para visitar um amigo que também estava hospedado e perguntou se podiam subir.
Subiram e ficamos aqui conversando um tempo, então ele me chamou para ir a casa dele. Como já tinha recusado uma vez e não estava fazendo nada resolvi ir. Fomos lá e ficamos conversando, tomamos um espumante que ele trouxe do Brasil e depois fomos jantar.
O jantar não era nada esquisito, apenas diferente. Era um bolinho feito de arroz e tinha que molhar ele em uma sopa ou um molho de coco. Nada ruim e nada apimentado, comi bem e fiquei satisfeito.
Esse foi meu primeiro jantar indiano mesmo. Foi tranqüilo, bom e sem efeitos colaterais. Se sempre fosse assim não teria problemas em me arriscar mais por aqui.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Aaahh...cerveja!

Nessa última segunda-feira, o gerente do hotel resolveu oferecer um jantar para todos os estrangeiros que estão morando aqui provisoriamente. Eles já tinham me convidado anteriormente para um jantar, mas, infelizmente, não pude ir, já havia combinado um jantar.
Cheguei ao jantar umas 08:30pm e lá já estavam eu, outro brasileiro, o tal gerente, dois suecos, um francês, um alemão e dois outros europeus que não sei de onde eram. Depois de mais um tempo chegou mais um casal e outra família de indianos que moram na Inglaterra.
O jantar foi em um salão no sexto andar do hotel, isso porque eles serviram bebida e, mais importante, com álcool. Tínhamos lá cerveja, vodka e uísque, como estou menino aqui, e fazia um tempo que eu não bebia, fui de cerveja.
Enquanto tomava meus dois copos, eles foram servindo alguns petiscos tipo churrasco de queijo, frango e cordeiro. E aproveitamos fomos conhecendo os outros gringos – sim, aqui também sou gringo – descobrindo onde trabalhavam, o porquê e quanto tempo ficariam na Índia.
Quando já estava com sono, me levantei para ir embora e comecei a me despedir das pessoas, o gerente pediu para ficarmos para o jantar. Como assim??? Achei que o jantar fosse os petiscos! Enfim, fomos todos ao restaurante do primeiro andar e nos deliciamos com o Buffet.
Jantar bom, cerveja boa, boas risadas com os outros gringos bêbados. Fui dormir tarde, quase 12:30am, e, depois de muito tempo, acordei com aquela saudosa e desagradável sensação de quem tomou umas no dia anterior.