sábado, 11 de setembro de 2010

E o grande dilúvio se aproxima

Quinta-feira fez um dia aqui de fazer Noé colocar aquele olhar saudosista em sua cara barbuda. Acordei no horário normal e já escutei a forte chuva que fazia lá fora. Cheguei a ficar com dúvidas se levantava e enfrentava o caos que estava por vir, ou voltava a fechar meus olhos e dormir.
Decidi levantar e olhar pela janela. As ruas do meu condomínio estavam normais, sem aquela camada grossa de água que se forma quando chove sem parar. Eu, na minha inocência, imaginei que talvez as coisas não tivessem tão ruins e resolvi seguir em frente no meu esforço de ir trabalhar.
Me arrumei, tomei café e saí. O motorista estava na porta de casa, outro bom sinal. Por sinal, o último bom sinal. No caminho para o trabalho vários lugares que normalmente são mais tranqüilos estavam cheios de água.
Chegando ao distrito industrial, pouquíssimos carros se aventuraram a tentar chegar ao trabalho. Insisti. Tentamos a rua de trás da empresa e uma árvore havia caído e bloqueado o caminho. Voltamos e tentamos a rua da frente. Foi o momento em que me senti em Veneza novamente. Todas as ruas estavam como rios. Água cobrindo totalmente os pneus dos carros.
Voltamos para a rua de trás, que já havia sido liberada. Nos aventuramos atravessando um pequeno mar que se fez no percurso e, depois de levar mais de uma hora em um percurso de 30 minutos, cheguei à empresa.
No estacionamento havia menos de 10 carros. Aparentemente não era só eu que tivera dificuldades para chegar. Entrei no prédio e no andar em que trabalho, invés das 50 pessoas que normalmente estão lá, apenas cinco obtiveram sucesso para chegar ao trabalho.
Após menos de uma hora decidi voltar pra casa. A chuva não parava e a tensão de não conseguir voltar pra casa só aumentava. Na volta peguei carona com outro brasileiro que tem um carro maior, tipo um jipe. Ainda bem! As ruas estavam piores ainda, quase tudo cheio de água.
Passei o resto do dia em casa. Para piorar, de tanto que a energia elétrica vai e volta por causa das chuvas, o receptor da minha TV a cabo queimou e estou sem TV desde então. Resta ficar na internet mesmo.
Pena que não tenho fotos. Para falar a verdade eu até me lembrei de pegar a máquina fotográfica antes de sair de casa, mas quando estava a caminho de fazer isso pisei de meia em uma poça de água dentro do meu quarto. Fiquei puto e acabei esquecendo a máquina. Fica para próxima.
O negócio é focar no lado positivo e pensar que só faltam mais uns 10 dias para esse caos acabar.

Um comentário:

Bruno Bordeaux disse...

Fandangos, ahahahhahah... pisar de meia na água é uma merda! Pô, mas só o fato de não ir trabalhar faz esquecer tudo! absssss